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Crítica à Sociedade da Informação
“Os discursos que acompanham a sociedade da informação erigiram em lei o princípio da tabula rasa. Não há mais nada que não seja obsoleto. O determinismo tecnocomercial gera uma modernidade amnésica e dispensa o projeto social. A comunicação sem fim e sem limites institui-se como herdeira do progresso sem fim e sem limites. Na falta de memória, assiste-se ao retorno de uma escatologia de conotação religiosa que bebe nas fontes das profecias sobre a chegada da noosfera. (…) Toda atitude contrária a esse positivismo é rapidamente rotulada de tecnofóbica ou antimoderna. (…) Ao nos fazer crer que o acesso à Internet ao “saber universal”, que necessariamente terá sua fonte aos monopólios de saber já existentes, resolveria o problema não apenas da fratura digital, mas também o da fratura social. (…) A sociedade das redes está longe de ter colocado um fim ao etnocentrismo dos tempos imperiais. Em vez de resolver o problema, a tecnologia o desloca. Enquanto permanece a lancinante questão: como conceber e colocar em ação outros modelos de desenvolvimento? (…) A ditatura do tempo curto faz com que se atribua uma patente de novidade, e portanto de mudança revolucionária, àquilo que na verdade é produto de evoluções estruturais e de processos que estão em curso há muito tempo. (…) Refletir sobre os múltiplos entrecruzamentos das mediações sociais, culturais e educativas pelos quais se constroem os usos do mundo digital e que estão na própria origem da vida democrática. Opor-se ao fetichismo da velocidade neofordista por meio de outras relações com o tempo.” (p. 173, 174)
MATTELART, Armand. História da sociedade da informação. São Paulo: Edições Loyola, 2002.
Publicado em comunicação, conhecimento, sociedade da informação, vida urbana
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Guerra e paz em um mundo unipolar
“O mito tecnolibertário do fim do Estado-nação perdeu suas cores nas cinzas das duas torres do World Trade Center.”
MATTELART, Armand. História da sociedade da informação. São Paulo: Edições Loyola, 2002. P. 153
Publicado em comunicação, conhecimento, vida urbana
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Nosso novo paradigma
Paradigma, segundo Thomas Kuhn (e a Wikipedia): conjunto de práticas que definem uma disciplina científica durante um período particular de tempo.
Sobre o novo paradigma introduzido pelas tecnologias da informação:
“A história da vida, como a vejo, é uma série de situações estáveis, pontuadas por intervalos raros por eventos importantes que ocorrem com grande rapidez e ajudam a estabelecer a próxima era estável. (…) No final do século XX vivemos um desses raros intervalos na história. Um intervalo cuja característica é a transformação de nossa “cultura material” pelos mecanismos de um novo paradigma tecnológico que se organiza em torno da tecnologia da informação. (…)
Este é, (…) no mínimo, um evento histório da mesma importância da Revolução Industrial do século XVIII, induzindo um padrão de descontinuidade nas bases materiais da economia, sociedade e cultura. (…)”
Castells caracteriza esse novo paradigma sob cinco aspectos:
1) informação é a nova materia-prima: tecnologias para agir sobre a informação e não somente informação para agir sobre a tecnologia
2) penetrabilidade dos seus efeitos: todos os processos da nossa existência individual e coletiva são moldados pelos efeitos da nova tecnologia
3) lógica de redes: descentralização, interações complexas, espaço de fluxos e relações rizomáticas determinam não somente a interconexão da informação, mas o próprio comportamento da sociedade e da economia.
4) Flexibilidade: facilidade de adaptação e rapidez das mudanças
5) convergência e integração de tecnologias
CASTELLS, M. A Sociedade em Rede. A era da informação: economia, sociedade e cultura. Vol. 1. São Paulo: Paz e Terra, 1999.
Publicado em comunicação, conhecimento, TIDD
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Mídia, mensagem e massa
“Se as pessoas tiverem algum nível de autonomia para organizar e decidir seu comportamento, as mensagens enviadas pela mídia deverão interagir com seus receptores e, assim, o conceito de mídia de massa refer-se a um sistema tecnológico, não a uma forma de cultura, a cultura de massa.(…)
Porém, enfatizar a autonomia da mente humana e dos sistemas culturais individuais na finalização do significado real das mensagens recebidas não implica que os meios de comunicação sejam instituições neutras, ou que seus efeitos sejam desprezíveis. Pelo que mostram os estudos empíricos, a mídia não é uma variávei independente na indução de comportamentos. Suas mensagens, explícitas ou subliminares, são trabalhadas, processadas por indivíduos localizados em contextos sociais específicos, dessa forma modificando o efeito pretendido pela mensagem. Mas os meios de comunicação, em especial, a mídia audiovisual de nossa cultura, representa de fato o material básico dos processos de comunicação. Vivemos em um ambiente de mídia, e a maior parte dos nossos estímulos simbólicos vem dos meios de comunicação.”
O que ele está dizendo, em resumo: não somos receptores completamente passivos da informação proveniente das mídias de massa, e sim pessoas autônomas. Vivemos e um contexto e estamos sujeitos a diversas mensagens, provenientes de fontes distintas. A questão é que essas fontes são, em sua maioria, as mídias audiovisuais, com todas a sua tradição de discurso homogêneo e rasteiro.
CASTELLS, M. A Sociedade em Rede. A era da informação: economia, sociedade e cultura. Vol. 1. São Paulo: Paz e Terra, 1999. P. 421.
Publicado em comunicação, vida urbana
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Stranger than Fiction infographics
Interferências visuais sobre a imagem, com representações de números e gráficos.
Publicado em design da informação
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Sinalização em placas
Uma apresentação de slides sobre sinalização em placas de trânsito e um artigo (The Road to Clarity) do NY Times.
Vejam outro texto sobre as novas placas das ruas de SP. O que eu achei mais legal dessa nova sinalização das ruas de SP é a associação com as cores das regiões da cidade, que também é aplicada nos ônibus.
Sempre gostei de placas de trânsito. Acho que foi a parte mais legal do exame de legislação para CNH.
Publicado em comunicação, mapa, vida urbana
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