Uma conversa agradável

“A leitura de todos os bons livros é igual a uma conversação com as pessoas mais qualificadas dos séculos passados, que foram seus autores, e até uma conversação premeditada, na qual eles nos revelam apenas seus melhores pensamentos”.

Descartes, no discurso do método.

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Fluxos

Tenho certa dificuldade em fazer fluxos.

fluxograma

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Pensamentos nem um pouco fugazes

Preciso enaltecer o meu colega Chicão no seu genial post sobre a “teoria sentimental viniciana”. Segundo suas próprias palavras:

“A teoria sentimental viniciana do eterno enquanto dure é quase perfeita! Seus problemas estão (1) no intervalo depressivo inter-eternidades e (2) no fato de que o “dure” não é casal-específico e sim indivíduo-específico. Se solucionássemos esses dois problemas, teríamos o mundo sentimental ideal!”

O Chicão é um cientista de verdade, não desses que só existem nas referências bibliográficas. Mais do que isso, um “escritor, sambista, tomador de golo, filósofo, cozinheiro, tocador de viola, cientista e adorador de mulheres”. Fomos colegas (e mais uma dúzia de outros “geniozinhos”) de curso técnico de “informática industrial”, do tempo em que o windows era 3.11 e as computadores tinham 512MB de HD.

O cara já chegou ao ponto de construir suas próprias reflexões, sem precisar citar autores, como eu ainda preciso.

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Cultura das mídias

“A cultura humana existe num continuum, ela é cumulativa, não no sentido linear, mas no sentido de interação incessante de tradição e mudança, persistência e transformação. Os meios de produção artesanais não desapareceram para ceder lugar aos meios de produção industriais. A pintura não desapareceu com o advento da fotografia. Não morreu o teatro nem morreu o romance com o advento do cinema. A invenção de Gutemberg provocou o aumento da produção de livros, tanto quanto a prensa mecânica e a maquinaria moderna viriam acelerar ainda mais essa produção. O livro não desapareceu com a explosão do jornal, nem deverão ambos, livro e jornal, desaparecer com o surgimento das redes teleinformáticas. Poderão, no máximo, mudar de suporte, do papel para a tela eletrônica, assim como o livro saltou do couro para o papiro e deste para o papel. Os meios industriais também não desapareceram para ceder lugar aos eletrônicos, assim como estes não deverão desaparecer frente ao advento dos meios teleinformáticos. O cinema não deixou de existir devido à televisão. Ao contrário, a TV a cabo necessita agora do cinema como um dos seus alimentos vitais. Pode mudar, quanto muito, a tecnologia que dá suporte à produção cinematográfica, mas não a linguagem que foi inventada pelo cinema.” (p. 57)

SANTAELLA, Lucia. Culturas e artes do pós-humano: da cultura das mídias à cibercultura. São Paulo: Paulus, 2003.

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Condições do conhecimento

“O conhecimento pode emancipar-se relativamente numa vida humana, mas não poderia se libertar da vida: conhece-se para viver, depois, quando o conhecimento se emancipa, vive-se para conhecer.”

MORIN, Edgar. O Método III. O Conhecimento do conhecimento. 2ª. Ed. Publicações Europa-América, 1996.

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Sobre a angústia do conhecimento

Tenho estado bastante angustiado com a (aparente, talvez…) falta de progresso do meu mestrado.

Mas li algo hoje que me deixou mais aliviado, afinal mostrou que não se trata de uma incapacidade dos mortais. Espero, sinceramente, que isto possa me ajudar daqui pra frente.

“A consciência do inacabamento do saber é por certo muito espalhada, mas não lhe tiramos as conseqüências. Assim, construímos as nossas obras de conhecimento como casas com o seu telhado, como se o conhecimento não fosse à céu aberto; continuamos a fazer obras estanques, fechadas para o futuro que fará surgir o novo e o desconhecido. (…) As grandes obras são-no apesar do seu acabamento, e algumas são grandes por serem inacabadas (…) Assim, parece-nos desejável que toda obra seja trabalhada pela consciência do inacabamento. Que toda obra não mascare a sua brecha, mas que a marque. (…)”

MORIN, Edgar. O Método III. O Conhecimento do conhecimento. 2ª. Ed. Publicações Europa-América, 1996.

Morin comenta sobre sua própria obra e afirma que seu texto “acabará inacabado”. Abaixo, ele comenta o momento em que chutou o balde e resolveu finalizar seu livro (O Método):

“Deveria logicamente, racionalmente, universitariamente, ter esperado até o infinito. Senti-me de repente – foi em Nova Iorque, em Setembro de 1983 – suficientemente forte para lançar vôo. E lancei-me, rolando pesadamente, terrivelmente, dolorosamente, embora no máximo das minhas energias para descolar…”

Ainda não me sinto forte o suficiente para parir a minha pesquisa. Porém, só de reconhecer que ela nunca vai se acabar já um passo fundamental para eu continuar.

Tenho gostado demais de fazer mestrado. Principalmente porque estou descobrindo que é muito mais legal refletir sobre o processo de construção do conhecimento (e o meu amadurecimento próprio) do que pesquisar o objeto.

A pesquisa, em si, é só um instrumento.

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Mais outro video tipográfico

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Mídias locativas

Eu estava esperando um momento mais tranquilo para poder postar algo mais consistente sobre Mídias Locativas. Mas é tanta coisa legal que tem para se falar desse assunto que tá dificil me conter.

Em resumo, trata-se da possibilidade de associar informações digitais ao espaço geográfico. Ou seja, podemos começar a popular o ciberespaço com informações que possuem referências a lugares reais, e não mais a “servidores”.

Um exemplo: imagine que sua câmera ou celuluar possua GPS. Você faz uma viagem e pode tira fotos ou enviar algum SMS e, imediatamente, associar tais informações às suas coordenadas geográficas.

Pra começar, leiam este artigo: Geotagging links photos to locales.

Outras referências:

http://www.metalocative.com/
http://oakland.crimespotting.org/
http://www.benedictoneill.com/content/newsmap/
http://www.flagr.com/
http://www.theorganiccity.com/wordpress/
http://city.ask.com/city

Sempre gostei de mapas…

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Informação como “coisa”

The distinction between intangibles (knowledge and information-as-knowledge) and tangibles (information-as-thing) is central to what follows. If you can touch it or measure it directly, it is not knowledge, but must be some physical thing, possibly information-as-thing. (…) Knowledge, however, can be represented, just as an event can be filmed. However, the representation is no more knowledge than the film is the event. Any such representation is necessarily in tangible form (sign, signal, data, text, film, etc.) and so representations of knowledge (and of events) are necessarily “information-as-thing.”

BUCKLAND, Michael. Information as thing. Journal of the American Society of Information Science 42:5 (June 1991). Disponível em http://people.ischool.berkeley.edu/~buckland/thing.html

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Paul Otlet

Wikipedia:

Paul Otlet (b. August 23, 1868, BelgiumDecember 10, 1944) was the founding father of documentation, the field of study now more commonly referred to as information science. He created the Universal Decimal Classification, one of the most prominent examples of faceted classification. Otlet was responsible for the widespread adoption in Europe of the standard American 3×5 inch index card used until recently in most library catalogs around the world, though largely displaced by the advent of online public access catalogs (OPAC). Otlet wrote numerous essays on how to collect and organize the world’s knowledge, culminating in two books, the Traité de documentation (1934) and Monde: Essai d’universalisme (1935).

Otlet, along with his friend and colleague Henri La Fontaine, founded the now-bankrupt Institut International de Bibliographie in 1895 which later became in English the International Federation for Information and Documentation (FID). In 1910, following a huge international conference, they created the Union of International Associations, which is still located in Brussels. They also created a great international center called at first Palais Mondial (World Palace), later, the Mundaneum to house the collections and activities of their various organizations and institutes.”

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