User experience of the future

Vejam algumas tecnologias interativas bem legais que estarão próximas do nosso cotidiano logo logo.

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Multi-touch screen

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Microsoft surface

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Arquitetura da informação e estruturas hipertextuais

Desde um pouco antes do EBAI, tenho me interessado em investigar as mudanças e a evolução da arquitetura da informação a partir da introdução de novos conceitos descentralizados de organização da informação, como por exemplo a Folksonomia.

Vejam esses dois links, ajudam a situar um pouco o que eu estou dizendo:

a) Apresentação do Fred sobre o “samba do crioulo doido

b) Ontology is Overrated: Categories, Links, and Tags (acho até que já coloquei esse link aqui antes…)

Tenho visto muita gente estudar Ontologia e Web semântica em busca de uma solução para o problema do desordenamento e caos informacional e para a construção mais “inteligente” de dados articulados entre si. Acho que são estudos muito pertinentes, mas que se aplicam a universos restritos, como por exemplo, comunidades que compartilham vocabulários mais ou menos comuns, estruturas mais rígidas e hierárquicas de informação, etc.

Particularmente, tenho mais interesse em estudar estruturas e fenômenos bottom-up de navegação e organização da informação. Acho que modelos como a folksonomia refletem algo de muito valor, que é a “rede viva”, orgânica, fluida, construída e mantida pelos seus próprios usuários e entusiastas. Algo parecido com o movimento do software livre e o creative commons, no sentido de dar poder à própria comunidade de definir seus valores e rumos.

Sobre estruturas não hierárquicas e fluidas de navegação em conteúdo hipermídia, destaco mais um trecho das minhas recentes leituras:

As estruturas textuais modulares e as multitemáticas que usam uma variedade de modos de organização e cruzamentos de informações verbais e visuais, pensadas em estruturas multidimensionais, por seu lado, são mais representativas do hipertexto, em comparação a estruturas hierárquicas e lineares e alta coesão.

“Embora nada impeça que um hipertexto se estruture hierarquicamente, as estruturas modulares e multitemáticas é que são capazes de fazer jus ao seu potencial multidimensional. É esse potencial que tem levado muitos estudiosos a comparar o funcionamento por meio de conexões associativas do hipertexto com o modo como o cérebro trabalha, isto é, um tipo de organização que mimetiza a estrutura da memória. Evidentemente, esse funcionamento só se perfaz porque o design lógico de um hipertexto deve prever a margem de liberdade interativa do usuário. O que deve haver, portanto, é um equilíbrio entre os dispositivos de orientação para a leitura e o potencial para as escolhas poliseqüenciais do leitor. É em virtude disso que o labirinto tem sido a mais hábil entre todas as metáforas para descrever o hipertexto, pois no labirinto, o prazer de se perder só pode ser intensificado quando apoiado na expectativa persistente de que a promessa de um alvo a ser atingido será eventualmente cumprida.”

SANTAELLA, Lucia. Linguagens líquidas na era da mobilidade. São Paulo: Paulus, 2007. P. 314.

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Links tipográficos

Dan Collier

Dan Collier

Dan Collier, o designer dono do projeto.

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O papel do livro sem papel

kindle

Muito tem sido discutido nas listas na internet sobre o “lançamento” do Kindle, o leitor portátil de livros da Amazon. Em paralelo às opiniões sobre o design do aparelho (para alguns, “quadrado e angular demais, semelhante a eletrônicos japoneses dos anos 80″), a restrição de formatos e até mesmo questões ambientais suscitadas pela redução do consumo de celulose, gostaria de debater o papel do livro (trocadilho proposital) em tempos de mobilidade e ubiqüidade.

Como podem notar, essas últimas semanas estou profundamente contaminado pelas reflexões trazidas pela Santaella no seu livro novo. Seguem alguns trechos:

“Depois da invenção de Gutenberg, durante pelo menos quatro séculos, a cultura do livro e do texto impresso reinou soberana. Estendendo-se do século XV ao XIX, essa foi a era das letras, na qual o texto escrito dominou como produtor e difusor do saber e da cultura. O livro impresso, feitos de registros facilmente duplicáveis e transmissíveis, transformou a informação em objeto transportável, rompendo com os mistérios do conhecimento reservado a poucos privilegiados, eruditos religiosos e nobres, e expandindo a capacidade de leitura.”

Bom, a questão mais superficial que aparece quando se fala em livros eletrônicos e leitura no computador, é a de que o livro tradicional tende a acabar ou ser substítuido por gadgets. Acho que todos sabemos que não é bem assim… Mais um trecho legal:

“Vale lembrar, ademais, que a perda da hegemonia do livro não significa que qualquer mídia possa substituí-lo. Se pudesse, o livro já teria desaparecido. Justamente porque não pode, os livros continuaram não só a existir, mas a se multiplicar. Na realidade, quando surge um novo meio de comunicação, ele não substitui o anterior ou os anteriores, mas provoca um refuncionalização no papel cultural que era desempenhado pelos meios precedentes. Via de regra, um período inicial de impacto é seguido por uma readaptação gradativa até que um novo desenho de funções se instale.”

SANTAELLA, Lucia. Linguagens líquidas na era da mobilidade. São Paulo: Paulus, 2007.

A pintura não desapareceu com o advento da fotografia, que também não desapareceu com o surgimento do cinema, que também não desapareceu com a televisão e o vídeo. O livro está aí, e tais invenções (como o próprio Kindle), só reforçam o poder da mobilidade e a intensiva intimidade das interfaces computacionais em nosso cotidiano (quem já teve a oportunidade de brincar um pouco com o Iphone já sentiu isso de maneira muito evidente), mas, no entanto, sem a pretensão de engolir o hábito de ler no papel. Por outro lado, se os inventores do Kindle forem pretensiosos a esse ponto, logo o produto cairá em desuso.

Os gadgets introduzem novos comportamentos culturais para lidar com a informação. O foco, falando como arquiteto de informação, deve estar voltado justamente para identificar esses movimentos para pensar sempre em propostas mais adequadas de navegação e organização da informação.

Acho que não me sinto desconfortável em ler no computador.

Obs. pós-post: não deixem de ler abaixo o comentário do Thiago.

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Estética da remixabilidade

Três leis básicas da cibercultura remix:

“1. A liberação do pólo de emissão: o excesso e a circulação virótica da informação representam a emergência de vozes e discursos anteriormente reprimidos pela edição de informação nas mídias de massa.

2. A rede está em todos os lugares. Trata-se do princípio de conectividade generalizada que teve início com a transformação do computador pessoal em computador coletivo, desde o surgimento da Internet, e o atual computador coletivo móvel nesta era da ubiqüidade e da computação pervasiva permitidas pelos celulares e redes wi-fi.

3. A lei da reconfiguração. Não apenas uma mídia reconfigura a outra, mas também modificam-se as estruturas sociais, as instituições e as práticas comunicacionais.”

Santaella, dialogando com André Lemos.

SANTAELLA, Lucia. Linguagens líquidas na era da mobilidade. São Paulo: Paulus, 2007. P 270.

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Make my logo bigger

Vejam também o site:
http://www.makemylogobiggercream.com/

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Seminário cidade em rede

Divulgação de um seminário com o pessoal da PUC-SP. Muito interessante, estarei lá!

MOTOMIX 2007
Mostra de Arte Multimídia MOTOMIX
Data: de 28 de novembro a 3 de dezembro
Onde: Cinemateca Brasileira
Endereço: Largo Senador Raul Cardoso, 207 Vila Clementino
SEMINÁRIO CIDADE EM REDE
http://www.motomix2007.com/blog2/

Programação

Ciclo de Palestras “Cidade em rede”

Quarta-feira 28 de novembro das 20h às 21h45
Maria Lúcia Santaella: “Imagens Líquidas”
Stanza: “Sensity”
Moderador: Fernando Velázquez

Quinta-feira 29 de novembro das 20h às 21h45
Marcos Ferreira dos Santos: “Os nomadismos e os fluxos no imaginário”
Nelson Brissac Peixoto: “Cidade em fluxo”
Moderador: Magaly Prado

Sexta-feira 30 de novembro das 20h às 21h45
Marcelo Tramontano: “A cidade e as novas mídias”
Lucia Leão: “Os Neo-nômades”
Moderador: Júlia Blumeschein

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Visualização de dados dinâmicos

Tenho pesquisado bastante sobre visualização de dados dinâmicos. Acho que é um tema que se aproxima bastante da arquitetura e do design da informação, por tratar da organização da complexidade de novas maneiras.

Vejam alguns links muito interessantes:

Iconographic news headlines
Paula Scher: Maps series
Data visualisation of a social network
Generative art
Delicious discover

Dois ótimos sites com referências:
http://www.visualcomplexity.com
http://infosthetics.com/

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Literatura cyberpunk

“De modo geral, as histórias cyberpunks estão alocadas em um futuro próximo em que é descrita uma sociedade caótica, governada por gangues de rua, corporações multinacionais e mercenários, todos residindo em megacidades, nas quais extrema pobreza e alta tecnologia usualmente coexistem. Nessa literatura, a tecnologia não é um privilégio das classes dominantes, mas, uma vez pirateada e transformada, é fundamentalmente subversiva, sempre corruptível para fins não previstos pelo poder. Ela é assim um meio de liberação por facilitar a sobrevivência física e financeira. As tecnologias cyberpunk são flexíveis, plásticas, comuns, sempre alojadas com segurança no corpo humano – wetware, software e hardware, todos ao mesmo tempo. Essa biologização da tecnologia permite ao cyberpunks conceber as tecnologias da comunicação (computadores, inteligência artificial, vida artificial, Internet, etc.) como componentes fundamentais (se não fundantes) da biosfera. (…) Os dois termos juntos, ciber e punk ‘referem-se ao casamento da subcultura high-tech com as culturas marginalizadas das ruas, ou à tecnoconsciência e à cultura que fundem tecnologia de ponta com a alteração dos sentidos, da mente e da vida presente nas subculturas boêmias.’”

SANTAELLA, Lucia. Linguagens líquidas na era da mobilidade. São Paulo: Paulus, 2007. P.36

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Arquiteturas líquidas

“No ciberespaço, qualquer informação e dados podem se tornar arquitetônicos e habitáveis, de modo que o ciberespaço e a arquitetura do ciberespaço são uma só e mesma coisa. Entretanto, trata-se de uma arquitetura líquida, que flutua. Por isso, o ciberespaço altera as maneiras pelas quais se concebe e percebe a arquitetura, de modo que torne nossa concepção da arquitetura cada vez mais musical. Pela primeira vez, o arquiteto não desenha um objeto, mas os princípios pelos quais o objeto é gerado e varia no tempo. (…) Uma arquitetura desmaterializada, dançante, difícil, etérea, temperamental, transmissível a todas as partes do mundo simultaneamente, só indiretamente tangível, feita de presenças sempre mutáveis, líquidas.”

SANTAELLA, Lucia. Linguagens líquidas na era da mobilidade. São Paulo: Paulus, 2007. P. 17

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