Arquiteturas líquidas do ciberespaço

“No ciberespaço, qualquer informação e dados podem se tornar arquitetônicos e habitáveis, de modo que o ciberespaço e a arquitetura do ciberespaço são uma só e mesma coisa. Entretanto, trata-se de uma arquitetura líquida, que flutua. Por isso, o ciberespaço altera as maneiras pelas quais se concebe e percebe a arquitetura, de modo que torne nossa concepção da arquitetura cada vez mais musical. Pela primeira vez, o arquiteto não desenha um objeto, mas os princípios pelos quais o objeto é gerado e varia no tempo. (…) Uma arquitetura desmaterializada, dançante, difícil, etérea, temperamental, transmissível a todas as partes do mundo simultaneamente, só indiretamente tangível, feita de presenças sempre mutáveis, líquidas.”

SANTAELLA, Lucia. Linguagens líquidas na era da mobilidade. São Paulo: Paulus, 2007. P. 17

Há algum tempo venho pensando na metáfora da “arquitetura líquida” para tratar dessas formas fluidas de navegação, sustentadas pela colaboração e personalização. Segue abaixo um trecho de um material que escrevi. (e pretendo publicá-lo em alguma revista científica… alguma sugestão para um periódico legal?)

A própria metáfora dos conceitos líquidos somente poderia ser aplicada ao design dos sistemas de informação quando consideramos a interferência do usuário na construção do conteúdo coletivo. Tal como analisado nos sistemas emergentes, é necessário basear-se em uma massa crítica de dados gerada pela ação de cada indivíduo localmente a partir de regras e instrumentos simples. Essa lógica produz algo maior, um conhecimento que, enfim, começa a concretizar os ideais da inteligência coletiva, mas que ainda encontrará muitos desdobramentos com o desenvolvimento das ciências cognitivas e da inteligência artificial.

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The unseen ballet of Britain

“A new BBC series makes use of satellite technology to create stunning images of Britain from above.”

britainmaps

Sensacional. Parecem naves espaciais ou insetos brilhantes voando.

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Tecnologia, sociedade e transformação histórica

Castells abre suas reflexões sobre a Sociedade em Rede defendendo a idéia de que vivemos, nesta transição de milênio, uma verdadeira revolução tecnológica concentrada nas tecnologias da informação. O autor desenvolve seu argumento de uma maneira envolvente, e abrange a questão da informação e das redes sob pontos de vista distintos: culturais, econômicos, sociais e políticos.

Queria destacar um trecho legal, que inclusive pode ajudar quem pretende iniciar alguma reflexão sobre o papel da tecnologia na sociedade. Num contexto onde estamos profundamente dependentes de artefatos e conexões informacionais, ingenuamente somos tentados a posicionar a tecnologia como agente transformador da sociedade. Veja o que Castells tem a nos dizer:

“Devido a sua penetrabilidade em todas as esferas da atividade humana, a revolução da tecnologia da informação será meu ponto inicial para analisar a complexidade da nova economia, sociedade e cultura em formação. Essa opção metodológica não sugere que novas formas e processos sociais surgem em conseqüência de transformação tecnológica. É claro que a tecnologia não determina a sociedade. Nem a sociedade escreve o curso da transformação tecnológica, uma vez que muitos fatores, inclusive a criatividade e iniciativa empreendedora, intervém no processo de descoberta científica, inovação tecnológica e aplicações sociais, de forma que o resultado final depende de um complexo padrão interativo. Na verdade, o dilema do determinismo tecnológico é, provavelmente, um problema infundado, dado que a tecnologia é a sociedade, e a sociedade não pode ser entendida ou representada sem suas ferramentas tecnológicas.”

CASTELLS, M. A Sociedade em Rede. A era da informação: economia, sociedade e cultura. 6ª. Edição. São Paulo: Paz e Terra, 1999. P.43

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Emergência e Caos

Na última quinta-feira, assisti a uma palestra excelente no Itaú Cultural com um (artista? matemático? designer?) colombiano chamado Santiago Ortiz. Trata-se do evento Emoção Art.ficial 4.0 com o tema “emergência”, com exposição de obras digitais, simpósio e workshops.

O cara é muito bom. Apresentou de maneira muito clara, sempre com exemplos, os conceitos básicos da teoria do caos e complexidade. Ele utiliza princípios básicos da emergência em sistemas dinâmicos, tais como a a interação local entre componentes simples para gerar padrões gerais de comportamento, para construir interfaces interativas (disponíveis na internet).

O mais legal é perceber que as pesquisas em teorias da complexidade são transdiciplinares e conseguem transitar tranquilamente entre a biologia, a matemática, a física, a linguística e o design. Os exemplos trazidos na palestra, basicamente, consistiam em visualizações não-lineares de fenômenos complexos, sejam redes sociais, evolução genética de bactérias ou comportamento de partículas. O cara se apóia na visualização de dados para demonstrar todos esses fenômenos. Interessante também registrar o objetivo de construir interfaces que sejam úteis aos indivíduos para compreender melhor alguma situação complexa, e não simplesmente criar projetos experimentais.

Alguns modelos:

6pli

6pli – um sistema de visualização para o Del.icio.us

mitozoos.gif

Mitozoos –  modelo interativo que simula a vida artificial de criaturas criadas digitalmente. O modelo contempla evolução genética, competição por alimento, reprodução e mutação.

social.gif

Automatas – um modelo bastante didático, que ilustra muito bem o comportamento de elementos dentro de um sistema dinâmico. Com apenas duas variáveis (amor x ódio), somos capazes de estabelecer regras de funcionamento de atração e repulsa mútua entre os componentes, tal como uma telenovela.

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Borges e a Biblioteca de Babel: o conhecimento e o excesso de informações

Segue abaixo mais um trecho da minha pesquisa.

No seu famoso conto intitulado Biblioteca de Babel, Jorge Luis Borges (2007) nos apresenta uma imensa biblioteca, organizada em galerias hexagonais, repleta de prateleiras abarrotadas de livros.

A biblioteca é total, e suas prateleiras registram todas as possíveis combinações dos vinte e tantos símbolos ortográficos, ou seja, tudo o que é dado expressar: em todos os idiomas. Tudo: a história minuciosa do futuro, as autobiografias dos arcanjos, o catálogo fiel da Biblioteca, milhares e milhares de catálogos falsos, a demonstração da falácia desses catálogos, a demonstração da falácia do catálogo verdadeiro, o evangelho gnóstico de Basílides, o comentário desse evangelho, o comentário do comentário desse evangelho, o relato verídico da tua morte, a versão de cada livro em todas as línguas, as interpolações de cada livro em todos os livros, o tratado que Beda pôde escrever (e não escreveu) sobre a mitologia dos saxões, os livros perdidos de Tácito. (BORGES, 2007)

O acervo dessa biblioteca é infinito e supõe registrar nos seus volumes toda a realidade existente. Não há, nesta biblioteca, dois livros idênticos. Há sim, inúmeras referências cruzadas a outros livros.

Quando se proclamou que a biblioteca abrangia todos os livros, a primeira impressão foi de extravagante felicidade. Todos os homens se sentiram senhores de um tesouro intacto e secreto. Não havia problema pessoal ou mundial cuja eloqüente solução não existisse: em algum hexágono. O universo estava justificado, o universo bruscamente usurpou as dimensões ilimitadas da esperança. (…) Também se esperou então o esclarecimento dos mistérios da humanidade: a origem da Biblioteca e do tempo. É verossímil que esses graves mistérios possam ser explicados em palavras: se a linguagem dos filósofos não bastar, a multiforme Biblioteca produzirá o idioma inaudito que for necessário, e os vocabulários e gramáticas desse idioma. (BORGES, 2007)

Como não ficarmos eufóricos diante da possibilidade concreta de se alcançar todo o conhecimento produzido pelo homem? Bastaria apenas localizar a referência certa, em alguma determinada prateleira, para solucionar a inquietude imediata causada pela falta de informação. Não haveria problema caso essa referência não estivesse em um formato adequado para leitura, pois a própria Biblioteca, entendida como um organismo quase vivo, encarregaria-se de indicar a gramática necessária para se compreender a linguagem, para então o leitor retornar à pesquisa inicial. Por outro lado,

À desmedida esperança sucedeu, como é natural, uma depressão excessiva. A certeza de que alguma prateleira em algum hexágono encerrava livros preciosos e de que esses livros preciosos eram inacessíveis, pareceu quase intolerável. (…) A certeza de que tudo está escrito nos anula ou faz de nós fantasmas. (BORGES, 2007)

A inacessibilidade de referências precisas, representadas em linguagens muitas vezes incompreensíveis, levou insatisfação aos freqüentadores da Biblioteca. Ao saber que as possibilidades de conhecimento eram quase infinitas, mas que éramos incapazes de absorvê-las, o homem se frustrou. Constatou-se que tal biblioteca não seria capaz de revelar os mistérios do conhecimento humano.

Tal metáfora da Biblioteca de Babel se torna pertinente ao analisarmos a atual condição da informação no ciberespaço, onde o excesso de dados não necessariamente induz novos conhecimentos.

Em plena era da informação, quando o ciberespaço se apresenta a nós como uma grande biblioteca, uma biblioteca com todos os livros e todos os documentos, sistemas de mapeamento lógico tornam-se indispensáveis. Como não nos perderemos e não ficamos exaustos diante de tanta profusão de dados? (LEÃO, 2003)

Como usuários diários do ciberespaço, tornamo-nos dependentes de seu conteúdo, ao estabelecermos fortes laços de relacionamento uns cons outros por meio da comunicação mediada pelo computador. Quantas vezes não nos perdemos em seu labirinto de referências, ou mesmo não conseguimos o conhecimento adequado, mesmo diante de inúmeras bases de dados, a apenas poucos links de distância?

Que conhecimento queremos obter a partir da chamada sociedade da informação? Reconhecemos que a informação em rede ganhou velocidade, fluidez, penetração, mas, principalmente, tornou-se colaborativa, socialmente compartilhada. Por outro lado, o ciberespaço também permitiu a abertura de fissuras, a imposição de barreiras de acessibilidade, a invasão da privacidade, a aceleração do tempo.

Ao nos fazer crer que o acesso à Internet ao “saber universal”, que necessariamente terá sua fonte aos monopólios de saber já existentes, resolveria o problema não apenas da fratura digital, mas também o da fratura social. (…) A sociedade das redes está longe de ter colocado um fim ao etnocentrismo dos tempos imperiais. Em vez de resolver o problema, a tecnologia o desloca. Enquanto permanece a lancinante questão: como conceber e colocar em ação outros modelos de desenvolvimento? (…) A ditadura do tempo curto faz com que se atribua uma patente de novidade, e portanto de mudança revolucionária, àquilo que na verdade é produto de evoluções estruturais e de processos que estão em curso há muito tempo. (…) (devemos) refletir sobre os múltiplos entrecruzamentos das mediações sociais, culturais e educativas pelos quais se constroem os usos do mundo digital e que estão na própria origem da vida democrática. Opor-se ao fetichismo da velocidade neofordista por meio de outras relações com o tempo. (MATTELART, 2002)

Reconhece-se que estamos diante de um cenário de complexidade, independente da leitura que fizermos dos problemas ou das soluções encontradas. O excesso de dados e informações, particularmente, é um desses problemas.

Talvez o problema maior da biblioteca não seja o excesso de livros, mas sim a necessidade de novas cartografias. Cartografias mutantes, cartografias reveladoras. Cartografias tão flexíveis e coerentes com as nossas necessidades subjetivas e objetivas que, ao contrário do império borgiano, não as julgaremos inúteis, mas sim vitais para o processo de interação no ciberespaço. (LEÃO, 2003)

BORGES, Jorge Luis. Ficções. São Paulo: Companhia das Letras, 2007.

LEÃO, Lucia. Cartografias em mutação: por uma estética do banco de dados. In: LEÃO, Lucia (org.). Cibercultura 2.0. São Paulo: U.N. Nojosa, 2003.

MATTELART, Armand. História da sociedade da informação. São Paulo: Edições Loyola, 2002.

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Redescobrindo Paul Otlet

Parece que novos pesquisadores estão redescobrindo o belga Paul Otlet como um dos pensadores que contribuiu de maneira mais relevante com o conceito de compartilhamento de documentos em rede. Em reportagem publicada hoje no New York Times, o jornalista Alex Wright traz uma nova reflexão sobre o autor, confira alguns trechos:

“In 1934, Otlet sketched out plans for a global network of computers (or “electric telescopes,” as he called them) that would allow people to search and browse through millions of interlinked documents, images, audio and video files. He described how people would use the devices to send messages to one another, share files and even congregate in online social networks. He called the whole thing a “réseau,” which might be translated as “network” — or arguably, ‘web.'”

“Although Otlet’s proto-Web relied on a patchwork of analog technologies like index cards and telegraph machines, it nonetheless anticipated the hyperlinked structure of today’s Web. ”

“Otlet’s version of hypertext held a few important advantages over today’s Web. For one thing, he saw a smarter kind of hyperlink. Whereas links on the Web today serve as a kind of mute bond between documents, Otlet envisioned links that carried meaning by, for example, annotating if particular documents agreed or disagreed with each other. That facility is notably lacking in the dumb logic of modern hyperlinks.”

Confira também este link: “International organisation and dissemination of knowledge : selected essays of Paul Otlet

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Clone wars

Segue um post assumidadmente nerd. Vejam este trailer da nova animação de Star Wars que estréia em agosto.

Gostei bastante e com certeza vou ver, não somente porque gosto muito da série, mas também pelo seguinte motivo: como os recentes episódios de Star Wars (1, 2 e 3) eram completamente sustentados pelos efeitos em computação gráfica, não fiquei nem um pouco incomodado com a estética 3D proposta nesse “Clone Wars”. Pelo contrário, aliás, os atores tiveram tão pouca importância (com algumas exceções) que nem senti falta deles… Como se, agora, a série assumisse sua autenticidade, adotando a estética computacional de maneira honesta para os fãs.

Aguardo com uma certa ansiedade próximas animações que ilustrem situações entre os episódios 4, 5, 6, ou até além. Seria bem legal imaginar o que os rebeldes fizeram no intervalo dos episódios 4 e 5 e como o império se reestruturou após a destruição da estrela da morte.

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A memória coletiva

“Nascemos dentro de estruturas de aprendizado e comportamento que preexistiam a nós, e as utilizamos para delas extrair informações sobre o mundo e o lugar que nele ocupamos. (…) devemos aos outros membros do nosso contexto cultural, vivos e mortos, as formas como organizamos nossas informações sobre o mundo e as maneiras como pensamos em transformá-los.

Para permitir que seres humanos se beneficiem do conhecimento e das aptidões de outros devemos dispor de algum tipo de sistema de armazenamento para transmitir esses benefícios através dos tempos. Precisamos do equivalente social de nossas próprias memórias, efetivamente, uma memória social ou cultural.

Suponhamos que esta memória coletiva se situe, de algum modo, fora das mentes dos membros individuais do grupo, ou, melhor ainda, que se possa guardar em lugar conveniente, para consultar quando preciso. Suponhamos ainda que esta memória possa ser representada em forma duradoura, de modo que seja compreendida por todos os membros do grupo. Se essas hipóteses se concretizarem, então a memória coletiva não só sobreviverá, mas também todos os membros do grupo se beneficiarão das memórias uns dos outros. Esses fatos positivos vieram a ocorrer, mas não da forma completa e ideal que planejamos. (…) A história desta atividade externalizadora mostra a engenhosidade técnica do homem e o auge de sua atividade e criador de símbolos. Abrange uma longa saga de adaptação, invenção e inovação, dos primeiros rabiscos em pedras, cacos de cerâmica e nas paredes das cavernas até a tecnologia da informação que nos rodeia. ”

McGARRY, Kevin. O contexto dinâmico da informação. Brasília: Briquet de Lemos, 1999.

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Nível de fidelidade de protótipos e wireframes

Para quem está envolvido em projetos de sistemas de informações em metodologias ágeis, sugiro a leitura deste artigo, que trata de algumas estratégias para conciliar design e AI às atividades dos desenvolvedores.

Um dos tópicos que eu achei particularmente interessante, diz respeito ao nível de detalhamento sugerido para os protótipos e wireframes. Segue um trecho:

“Lower fidelity: documentation is still a good thing, but the more details you have, the longer your document takes to produce. Wireframes are the best example of this. A well-annotated, high-fidelity wireframe for one page can take a day, easy. If you need to spend less time, use fewer details. If you’ve collaborated on the design, and you’ve helped improve their design literacy, then your team won’t need all the detail. Strip your documents down to the basics and only deliver what people need. Make your wireframes more like page description diagrams or block layouts. ”

Gosto deste ponto de vista: tenho percebido que, muitas vezes, uma boa conversa com os envolvidos no projeto substitui muito bem um wireframe muito detalhado. Basta alguma referência visual, somente para guiar o raciocício. Apesar se ser legal dedicar um bom tempo para preparar uma documentação completa, noto que, na prática, nunca vamos ter tempo suficiente…

Em resumo: vamos assumir que a documentação nunca ficará completa e passemos a ter o foco nas necessidades das pessoas, aliadas às demandas do negócio.

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Perspectiva comunicacional do design da informação

“Information is a tool designed by human beings to make sense of a reality assumed to be both chaotic and orderly. In the face of differences we must look for differences not in how humans, individually and collectively, see their worlds but in how they make their worlds (i.e. construct a sense of the world and how it works). For if we conceptualize the human condition as a struggle through an incomplete reality, then the similar struggles of others may well be informative for our own efforts. Information is made and unmade in communication – intrapersonal, social, organizational, nation, and global. With this view of information, information design cannot treat information as a mere thing to be economically and effectively packaged for distribution. Design to assist people to make and unmake their own nformations, their own sense. Must deal with the entire complex range of what humans do when they make sense, when they construct their movements through what is assumed to be an everchanging, sometimes, chaotic, sometimes orderly, sometimes impenetrable time-space.

We create an information system to assist people in designing their own information and in sharing with each other.”

DERVIN, Brenda. Chaos, order, and Sense-making: a proposed theory for information design. In JACOBSON, Robert (org.). Information Design. London: MIT Press, 1999.

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