Selo Editorial PPGCOM/UFMG: um relato

No final de 2023, eu e meus colegas do Selo Editorial PPGCOM/UFMG publicamos um relato de nossas atividades editoriais nesse projeto de extensão. O relato foi publicado na revista Educação Gráfica, da UNESP.

SELO EDITORIAL PPGCOM/UFMG: UM BALANÇO ENTRE PESQUISA, ENSINO E EXTENSÃO (2014-2023)

Bruno Guimarães Martins
Bruno Souza Leal
Daniel Melo Ribeiro
Juarez Guimarães Dias

MARTINS, B.; LEAL, B.; RIBEIRO, D. M.; DIAS, J. Selo Editorial PPGCOM/UFMG: Um Balanço Entre Pesquisa, Ensino e Extensão (2014-2023). Educação Gráfica, Brasil, Bauru. V. 27, No. 3. Dezembro de 2023. Pp. 284 – 299. ISSN 2179-7374. Disponível em: <https://www.educacaografica.inf.br/artigos/selo-editorial-ppgcomufmg-um-balanco-entre-pesquisa-ensino-e-extensao-2014-2023-publishing-label-ppgcomufmg-a-balance-between-research-teaching-and-extension-2014-2023>.

Resumo
O artigo apresenta a trajetória do Selo Editorial PPGCom/UFMG, um projeto de divulgação científica criado por iniciativa do Programa de Pós-Graduação em Comunicação da UFMG em 2014. Trata-se de relatar e refletir sobre os desafios atravessados pelo projeto nesses oito anos, levando em conta aspectos como seu posicionamento editorial, a concepção do projeto gráfico e, por fim, seus desdobramentos em um cenário multiplataforma. Os cento e quatro livros digitais atualmente publicados registram mais de 100.000 visualizações e são direcionados ao público acadêmico envolvido em pesquisas da área da Comunicação e Humanidades, tanto em nível de graduação quanto de pós-graduação. Foi a articulação entre as atividades de pesquisa, ensino e extensão o que permitiu um engajamento coletivo de professores e discentes, transformando uma demanda pontual em uma atividade editorial com longevidade e alcance, e que se diferencia tanto das editoras comerciais, quanto de editoras universitárias. Trata-se então de demonstrar o estabelecimento das particularidades do selo editorial assim como de seus processos de produção e circulação.

Palavras-chave: projeto editorial; divulgação científica; ensino; pesquisa; extensão.

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Design, semiótica e pragmatismo

Seguem duas publicações que desenvolvi sobre as interseções entre o design, a semiótica e o pragmatismo. São reflexões complementares que resultam da minha pesquisa sobre diagramas, iniciada em 2019.

RIBEIRO, D. M.; Semiótica dos diagramas: Processos de raciocínio visual aplicados ao design. In: Lucia Santaella; Priscila Borges. (Org.). A Relevância de C. S. Peirce na atualidade: implicações semióticas. 1ed.Barueri, SP: Estação das Letras e Cores Editora, 2021, v. 1, p. 263-278.

Conheça o livro

 

RIBEIRO, D. M.; Metodologias e processos de raciocínio no design: fundamentos pragmáticos e semióticos. In: Priscila Monteiro Borges; Juliana Rocha Franco. (Org.). Tempo da Colheita: homenagem à Lucia Santaella. 1ed.São Paulo: FiloCzar, 2023, v. , p. 300-316.

Conheça o livro

 

 

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O caso Datapovo

Artigo publicado na revista Galáxia, resultado do nosso estudo sobre desinformação nas eleições de 2022.

O caso Datapovo: aspectos semióticos e pragmáticos da manipulação de imagens no contexto da desinformação

Resumo: Investigamos postagens no Twitter com a expressão datapovo, que se popularizou no contexto das eleições presidenciais de 2022 no Brasil. O termo se refere a conteúdos que buscavam questionar as pesquisas eleitorais, em contraste com o registro imagético da multidão de apoiadores dos candidatos. Acionamos conceitos do pragmatismo e da semiótica, a fim de compreender como esses signos podem estimular a fixação de crenças de uma possível fragilidade no processo eleitoral. Levantamos também uma reflexão sobre a manipulação das imagens técnicas contemporâneas, fomentando debates sobre os efeitos sígnicos desse tipo de estratégia nos processos de desinformação.

Palavras-chave: datapovo; desinformação; imagem técnica; semiótica; pragmatismo.

RIBEIRO, D. M.; ALZAMORA, G. ; CORTEZ, N. M. P. ; PAES, F. A. O. O caso Datapovo: aspectos semióticos e pragmáticos da manipulação de imagens no contexto da desinformação. GALÁXIA (SÃO PAULO. ONLINE), v. 48, p. 1-24, 2023. Disponível em: <https://revistas.pucsp.br/index.php/galaxia/article/view/61918>.

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Pensar a inteligência artificial

A partir de uma intrigante interlocução com a professora Lucia Santaella, eu e Geane organizamos um pequeno livro para debater algumas questões sobre a Inteligência Artificial e suas interseções com a área de Comunicação. Agradecemos ao Selo Editorial PPGCOM UFMG para generosidade em acolher esse trabalho.

Livro gratuito disponível para download.

Capa do livro Pensar a inteligência artificial - Selo PPGCOM UFMG

Pensar a inteligência artificial: cultura de plataforma e desafios à criatividade

Lucia Santaella
Organização: Daniel Melo Ribeiro e Geane Alzamora

SANTAELLA, Lucia. Pensar a inteligência artificial: cultura de plataforma e desafios à criatividade. Organização [de] Daniel Melo Ribeiro e Geane Alzamora. Belo Horizonte: FAFICH/PPGCOM/UFMG, 2023, 51 p.

Este livro apresenta algumas ideias desenvolvidas por Lucia Santaella na interface entre comunicação e inteligência artificial. O livro é composto por um texto derivado de uma conferência apresentada por Lucia Santaella no evento Lisbon Workshop Series on AI Aesthetics, Diagrams, and Philosophy of Technology, no dia 02 de dezembro de 2022. Em seguida, traz uma uma entrevista de Santaella sobre temas e questões que atravessam esse debate. No texto, a autora discorre sobre como o uso da inteligência artificial na cadeia cultural já constitui uma economia criativa crescente no Norte Global, em contraposição à lógica cultural perversa das big techs. Na entrevista, Lucia Santaella opina sobre o papel reservado para a mente humana no século 21, avalia em que medida a inteligência artificial incide nas desigualdades sociais, examina como a inteligência artificial poderia ser usada para incrementar a produção social do conhecimento na contemporaneidade, analisa como pesquisas sobre inteligência artificial podem estimular reflexões mais críticas, na área de comunicação e tece considerações sobre o lugar da tecnologia na sociedade contemporânea.

 

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Estudo semiótico sobre os atentados de 8 de janeiro

Em Julho de 2023, eu, Conrado e Geane, apresentamos na Compós 2023 uma continuação do nosso estudo anterior sobre crenças e verdade no contexto da desinformação, sob uma perspectiva semiótica. Neste ano, aprofundamos as reflexões sobre o tema, tendo em vista, por um lado, o pragmatismo e a semiótica de Peirce, e, por outro lado, a semiótica discursiva de Greimas e a sociossemiótica de Landowski. Desta vez, nosso estudo tomou como objeto empírico os atentados de 8 de Janeiro de 2023, ocorridos em Brasília.

Trata-se de um resultado relevante da pesquisa coletiva desenvolvida pelo grupo MediaAção sobre a desinformação nas eleições de 2022.

O artigo está disponível abaixo.

A RELAÇÃO ENTRE CRENÇA E VERDADE NO CONTEXTO DA DESINFORMAÇÃO: abordagens semióticas sobre os atentados de oito de janeiro

RIBEIRO, Daniel Melo; MENDES, Conrado; ALZAMORA, Geane. A RELAÇÃO ENTRE CRENÇA E VERDADE NO CONTEXTO DA DESINFORMAÇÃO: abordagens semióticas sobre os atentados de oito de janeiro. In: ANAIS DO 32° ENCONTRO ANUAL DA COMPÓS, 2023, São Paulo. Anais eletrônicos… Campinas, Galoá, 2023. Disponível em: <https://proceedings.science/compos/compos-2023/trabalhos/a-relacao-entre-crenca-e-verdade-no-contexto-da-desinformacao-abordagens-semioti?lang=pt-br> Acesso em: 07 ago. 2023.

Download do artigo

Os atentados de oito de janeiro de 2023 em Brasília expõem a fragilidade insituticional do país frente aos riscos impostos pelo ecossistema de desinformação. Busca-se compreender a configuração semiótica das crenças que impulsionaram os atentados à luz da noção semiótica de verdade. O recorte empírico é composto pelas quatro imagens mais compartilhadas em grupos públicos de Whatsapp nos dias sete, oito e nove de janeiro de 2023. A análise combina aspectos da semiótica peirciana, semiótica discursiva e sociossemiótica para elucidar como a disputa pela verdade impulsiona a formação de crenças hostis ao funcionamento democrático da sociedade. Observou-se que os ciclos de desinformação se multiplicam em uma espécie de espiral de contágio adensada, por um lado, por métodos dogmáticos de fixação de crenças e, por outro, por formas de interação do regime de ajustamento em que se articula o regime da verdade experimentada. O cotejamento de correntes semióticas distintas para averiguar as relações entre crença e verdade em contexto de desinformação revelou que a noção de contágio opera como mecanismo semiótico de amplificação da desinformação.

 

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Roteiro semiótico de análise de infográficos

Confiram o artigo que publiquei na revista Semeiosis da USP. Esse artigo é um dos resultados da minha pesquisa sobre diagramas e semiótica, mais precisamente sobre a infografia no contexto da pandemia de covid-19. Apresentei esse estudo na 17ª Jornada do Centro Internacional de Estudos Peirceanos – CIEP a partir das reflexões que foram desenvolvidas no projeto de extensão “Como ler infográficos?”.

Agradeço à UFMG pelo apoio financeiro para a realização desse trabalho. Agradeço também os alunos e professores que participaram do projeto.

Aplicação da semiótica de Charles Peirce na análise de infográficos

RIBEIRO, Daniel Melo. Aplicação da semiótica de Charles Peirce na análise de infográficos. Semeiosis: semiótica e transdisciplinaridade em revista, v. 10 n. 1, jun. 2022. Disponível em: <https://semeiosis.com.br/issues?issue=0G9BQi3T2Z1xUjorX6iq&article=oRCTsoZCY6wfRGqco349>. DOI: 10.53987/2178-5368-2022-06-05

Resumo

Este estudo debate a aplicação da semiótica na análise de infográficos, tendo em vista os resultados de um projeto de pesquisa e extensão do curso de Comunicação Social da UFMG sobre o uso da infografia no contexto da pandemia de covid-19. Destaca-se a relevância dos aspectos semióticos desse formato visual de representação de dados para o jornalismo, resgatando definições e modelos classificatórios. Em seguida, apresentamos uma proposta metodológica que utiliza a teoria do signos de Charles Peirce, mais precisamente as tricotomias ícone, índice e símbolo e a tríade dos interpretantes (emocional, energético e lógico). Ao aplicar a metodologia semiótica em um projeto de caráter educacional e científico, pretende-se reforçar a relevância do pensamento de Peirce nas iniciativas acadêmicas da área de Comunicação no Brasil.

PALAVRAS-CHAVE:
infografia, semiótica, covid-19

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Compós 2022 – A relação entre crença e verdade

Geane, Conrado e eu apresentamos um estudo sobre o tema da desinformação na Compós 2022. Trata-se de uma tentativa de interlocução entre matrizes semióticas distintas (Peirce e Greimas) para tratar de um problema comum, que é a desinformação. O trabalho é resultado de pesquisas e debates que estão em andamento no grupo de pesquisa MediaAção.

 

A RELAÇÃO ENTRE CRENÇA E VERDADE NO CONTEXTO DA DESINFORMAÇÃO: uma leitura comparativa de Peirce e Greimas

Resumo: Abordamos a propagação da desinformação no âmbito da pandemia de covid-19, considerando os efeitos práticos do discurso antivacina. Para compreender a questão, acionamos as concepções de verdade e crença em Charles Peirce e Algirdas Greimas. Do ponto de vista do pragmatismo de Peirce, a verdade apresenta uma propriedade ontológica que se submete à realidade. Assim, cabe à ciência observar esses efeitos e corrigir os rumos das cadeias de semiose, de modo a almejar um ponto de convergência ideal, que é a verdade. Já pela semiótica discursiva de Greimas, a verdade não se caracteriza por seu vínculo ontológico, subordinado à realidade, mas pelo contrato de veridicção que depende, por um lado, do fazer persuasivo do enunciador, ou seja, o fazer-crer, e, do outro, do fazer interpretativo do enunciatário, isto é, o crer. As duas correntes enfatizam que a crença é preponderante nas ações, em detrimento do que se entende como verdade.

Agradecemos aos organizadores do GT de Práticas Interacionais, Linguagens e Produção de Sentido na Comunicação pela oportunidade de debate e pela acolhida calorosa das reflexões propostas neste material.

 

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Infografia na prática – Jornalismo

No segundo semestre de 2022, a equipe do projeto “Como ler infográficos” preparou uma entrevista com a profa. Tattiana Teixeira, especialista em infografia e jornalismo.

Trata-se de mais um conteúdo da seção “Infografia na prática”, que debate as interseções entre a infografia e áreas afins, como o jornalismo, o design e a economia.

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Crença, verdade e desinformação

O vídeo acima é parte do curso “Sociedade da Desinformação e Infodemia“, uma iniciativa interdisciplinar e interinstitucional que reuniu pesquidadores da UFMG, UFOP e PUC-Minas em torno do tema da desinformação. O curso, promovido pelo IEAT/UFMG, é resultado de um livro organizado por Geane Alzamora, Conrado Mendes e por mim, a partir das pesquisas realizadas no grupo MediaAção, vinculado ao NucCom da UFMG e coordenado pela profa. Geane.

Neste vídeo “Crença, verdade e desinformação”, eu e Geane debatemos o problema da desinformação a partir do ponto de vista do Pragmatismo de Charles S. Peirce. Para isso, resgatamos o texto “A Fixação da Crença”, bem como apresentamos um panorama do desenvolvimento do pragmatismo.

Agradeço aos colegas que participaram do curso e também à profa. Geane pelo convite para contribuir com essa relevante iniciativa no âmbito da pesquisa em comunicação.

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Semiótica dos diagramas aplicada ao design

Como resultado das pesquisas da Rede CIEP no ano de 2021, as professoras Lucia Santaella e Priscila Borges organizaram um livro chamado “A relevância de C. S. Peirce na atualidade: implicações semióticas“. Tive a honra de colaborar um com artigo para o livro, que reflete parte do meu projeto de pesquisa sobre Semiótica e Design.

Semiótica dos diagramas: Processos de raciocínio visual aplicados ao design

Daniel Melo Ribeiro

RIBEIRO, D. M.. Semiótica dos diagramas: Processos de raciocínio visual aplicados ao design. In: Lucia Santaella; Priscila Borges. (Org.). A Relevância de C. S. Peirce na atualidade: implicações semióticas. 1ed.Barueri, SP: Estação das Letras e Cores Editora, 2021, v. 1, p. 263-278.

Resumo: o objetivo deste artigo é propor uma aproximação entre a teoria semiótica e as práticas do design, tendo como eixo o estudo dos diagramas. Argumentamos que os diagramas são ferramentas fundamentais que auxiliam o designer na solução de problemas, na comunicação de suas ideias e no aprimoramento de seus próprios processos de raciocínio. Para desenvolver esse argumento, invocamos a teoria semiótica desenvolvida pelo filósofo e cientista estadunidense Charles S. Peirce (1839-1914). A semiótica de Peirce propõe mecanismos para compreensão de como o raciocínio pode ser elaborado por meio de signos. Sua teoria trata dos diferentes tipos de raciocínio e da maneira como os pensamentos se concretizam em representações sígnicas. Para demonstrar esse potencial, discutimos como duas tendências contemporâneas do design – o design thinking e o UX Design – incorporam diagramas em suas metodologias. Esperamos, com isso, justificar que a semiótica se apresenta como um relevante fundamento conceitual para orientar as pesquisas na área do design.

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