Les autoroutes de l’information

A internet não comporta nenhum sistema de segurança. Uma mensagem enviada pela internet navega sucessivamente sobre várias redes onde ela pode ser interceptada e lida impunemente. Mesmo os servidores insuficientemente protegidos foram sustentados em um passado recente de numerosas invasões após terem sido conectados à rede. Sua confiança também está em causa. O encaminhamento das mensagens não é garantido. Os congestionamentos podem bloquear a rede durante longos minutos ou mesmo de horas e conduzir, dessa maneira, à perda de mensagens. Enfim, não existe um catálogo de utilizadores ou de serviços. O boca-a-boca constitui o modo de funcionamento mais difundido dessa rede. Além disso, não existe qualquer meio de faturamento sobre a internet sem um cadastro a um serviço que se possa acessar com uma senha. Esta rede é, portanto, mal adaptada ao fornecimento de serviços comerciais. A quantidade de negócios disponíveis no mundo corresponde a menos de um décimo dos serviços ofercidos pelo Minitel. Os limites da internet demonstram, dessa maneira, que ela não se constituirá, no longo prazo, a rede de rodovias mundial.

As rodovias da informação, relatório de Gérard Théry enviado ao primeiro ministro francês em 1994.

É necessário entender um pouco o contexto em que esse relatório foi produzido: os franceses ainda utilizavam os diversos serviços comerciais oferecidos pelo Minitel de maneira massiva. Além disso, o surgimento de uma rede descentralizada, criada pelos norte-americanos, causava bastante desconfiança dos gigantes das telecomunicações (France Telecom). Em outras palavras, essa tal de internet não ia ter a menor chance.

(desculpem pela tradução livre)

BELLANGER, Aurélien. La Théorie de L’information. Éditions Gallimard, 2012.

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