Autoconsciente

Seguindo com minhas leituras de final de semana, um post meio filosófico demais, mas interessante.

“Provavelmente somos conscientes de nossos próprios pensamentos apenas porque primeiro desenvolvemos a capacidade de imaginar os pensamentos dos outros. Uma mente que não consegue imaginar os estados mentais externos é como uma mente de uma criança de três anos que projeta seu próprio conhecimento para todos em volta. (…) Porém, como os filósofos há tempos notaram, ser autoconsciente significa reconhecer os limites da individualidade. Não podemos voltar atrás e refletir sobre os nossos próprios pensamentos sem reconhecer que nossos pensamentos são finitos e que outras combinações de pensamentos são possíveis. (…) Sem esses limites, certamente teríamos consciência do mundo em algum sentido básico – só que não teríamos consciência de nós mesmos, pois não teríamos nada com que nos comparar. O eu e o mundo não seriam distinguíveis.”

JOHNSON, Steven. Emergência: a dinâmica de rede em formigas, cérebros, cidades e softwares. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 2003. p. 148-149

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