“O papel mais significativo da Web em tudo isso não envolverá sua capacidade de escoar imagens de vídeo de alta qualidade o ecoar estrondos de som surround; de fato é bem possível que o conteúdo real da revolução da convergência chegue por meio de alguma outra plataforma de transmissão. Por sua vez, a Web contribuirá com os metadados que permitirão a auto-organização desses grupos. Ela será o armazém central e o mercado para todos os nossos padrões de comportamento mediado. (…) os consumidores poderão explorar por si mesmos esse monte de produtos, para criar mapas comunitários de todos os entretenimentos e dados disponíveis on-line. (…) O grupo construirá uma teoria de sua mente, e essa teoria será um projeto de grupo, reunido pela Web a partir de um inimaginável número de decisões isoladas. Cada teoria e cada grupo serão mais especializados do que qualquer coisa que já tenhamos experimentado no mundo top-down dos meios de comunicação. Essas habilidades de leitura de mentes surgirão porque, pela primeira vez, nossos padrões de comportamento serão expostos – como as calçadas com que começamos – para o espaço público compartilhado da própria Web.” (p. 165)
JOHNSON, Steven. Emergência: a dinâmica de rede em formigas, cérebros, cidades e softwares. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 2003. P. 164-165