“Numa civilização na qual a mobilidade é essencial, é necessário que existam balizas, um código de orientação. Um aeroporto, uma grande estação ferroviária, ou uma cidade são análogos a um texto semiológico, recortado por indicações e painéis, comunicando ao usuário um conjunto de informações que lhes permite enveredar nesse labirinto de signos. Espaço impessoal, no qual o indivíduo se transforma em usuário, isto é, em alguém capaz de decodificar a inteligibilidade funcional da malha que o envolve (fazer compras, passear, tomar um avião, ir ao trabalho etc.).”
ORTIZ, Renato. Mundialização e cultura. São Paulo: Brasiliense, 2000. p. 106